segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Quinto Capítulo

     Ele nunca foi fã de um cantor ou pessoa da mídia. Seu ídolo, mesmo com tudo, foi seu pai. Um cara bom, mas ausente. A mãe do nosso garoto sempre frisou que seu pai não era ruim, não fazia o pobre menino sofrer porque ele queria, era porque algo acontecia que o pai inocentemente julgava mais importante que o filho. O menino perdoou o pai. Desde o primeiro momento ele o perdoou. Nosso garoto não guarda mágoas, consegue esquecê-las, consegue de alguma forma deixá-las no esquecimento, mesmo sem ter as respostas para que tudo se encaixe. Isso vem dando certo desde que ele se entende por gente. Tudo que acontece de ruim ou de bom em sua insignificante vida é registrado em sua memória. As lembranças boas, ele faz questão de sempre estar relembrando, tentando revivê-las, procurando fazê-las sua base para que sua vida seja feliz.
     "Acredito que o mundo seria melhor se todos fôssemos felizes, mas não felicidade falsa ou momentânea, felicidade sincera, como o carinho que um cão tem sobre seu dono, como o carinho que se tem para com um namorado ou namorada."
     As lembranças ruins, ele usa como combustível, queimando-as para se manter em pé, feliz e forte. Isso não faz com que num dia ruim, onde acontecem coisas ruins, essas lembranças não voltem. Elas até volta, mas a base de lembranças boas é forte e não o deixa cair, o mantém em pé rumo à dias melhores, rumo à felicidade sincera, masma alegria que se é possível ver no olhos de um fã ao ver seu ídolo.
     Talvez nunca um artista conquiste isso no nosso garoto, mas com certeza quatro pessoas têm. A quarta ainda não foi citada, talvez nem seja, não se o garoto estiver vivo e forte até lá. Só quero que saibam que essa pessoa foi e sempre será a razão de uma das melhores alegrias de sua vida: A descoberta do amor sincero.

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